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A eterna solidão compartilhada nos lençóis

É debaixo dos lençóis, a dois, que percebemos o quanto somos sós.

O abraço do braço não chega à alma.

O vazio de dentro não se preenche com o gozo.

É debaixo dos lençóis, depois da luz apagada que a lágrima cai.

A lágrima é a gota de solidão que o corpo expele.

É a gota de um imenso rio interno

Um rio escuro de águas frias que gela o interior do corpo.

Enquanto o calor de fora agoniza.

O calor de um abraço sem alma.

E não se sabe como esse rio solidão consegue se aninhar

A noite nos faz ouvir os sons das batidas no corpo escudo

Nada penetra.

Nada permanece.

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