top of page

Todos os dias eu morro

As seis da manhã quando toca o despertador, eu morro.

As sete quando o transito para, eu morro.

As dez horas quando o chefe reclama do trabalho, eu morro

Ao meio dia quando a gordura da comida nauseia, eu morro.

As duas da tarde quando o suor escorre na testa, eu morro.

As cinco quando há um acidente no cruzamento e a fila não anda, eu morro.

As sete quando o noticiário fala, eu morro.

As dez quando ainda há trabalho a ser feito, eu morro.

As onze quando enfim me deito

Aqui jaz

E nesse jaz, eu espero o dia em que serei viva.

bottom of page