Me sento no peso do dia
Engulo suor na saliva
Olho o relógio
O suspiro lacrimejado mela a cara
A cara melada de suor pesa
O peso do dia engole o relógio
O relógio saliva
Me sento num suspiro
Pela fumaça de delírio
O trago demorado prende
Mas não aprisiona
E pouco que fica
É liberdade.
A solidão se perpetua por todos os espaços
Ocupados por pessoas e palavras
Quando estamos sós é quando menos a sentimos