Olha aqui
Dentro do meu vazio
Há espaço, mas não há lagrima
Há vazio, mas não há solidão.
Olha bem
Estou inteira
Mas ainda existem pedaços
Soltos.
Tenho um universo no estômago
Com a esquisita lucidez
De não digerí-lo
Apenas me encantar com o seu peso
E degustar seu âmago
Estúpido jogo que alimenta o meu transtorno diga-me o alívio ao sufoco dos dias Impetuoso, louco, corro contra o tempo pouco diga-me um delírio que apague os dias Lentamente morro sabotado pela cidade-fogo diga-me o veneno
que se embebem os dias.